quinta-feira, 26 de junho de 2008

Prioridades

Embora goste muito do meu trabalho, a minha prioridade sempre foi a família. Claro que, desde que o Duarte nasceu, esta prioridade ganhou ainda outros contornos.
No entanto, não me imagino a ficar em casa sem trabalhar por opção própria, pelo menos não neste momento. Por mais que goste de estar com o meu filho, cuidar dele, brincar com ele, os dias tornam-se um bocado rotineiros e sobra muito pouco espaço para fazer alguma coisa para mim, para espairecer um pouco a cabeça com outros assuntos que não lhe sejam exclusivos.
O ideal era ter um trabalho em part-time, que me permitisse ter a melhor parte dos dois mundos, mas para já ainda não é possível.
Estar com o meu filho faz-me imensamente feliz.
Obter dele um sorriso de felicidade genuína enche o coração de uma maneira inigualável. E é tão fácil de o conseguir...
Pensar que um dia já fomos assim.. Que tudo era tão fácil, tão divertido, tão desprovido de responsabilidades, chatices, cinismo.
Vivemos numa selva e é uma pena que não nos possamos rodear apenas de boas pessoas. É uma pena que tenhamos que conviver com pessoas cujas intenções são bem diferentes das nossas. Que são maldosas, que gostam de prejudicar, que gostam de denegrir os outros numa tentativa desesperada de se enaltecerem. E que se vão safando sempre, sem grandes problemas. Cada vez me convenço mais que o mundo é dos espertos, infelizmente.

No meu trabalho, por lidar com pessoas em contextos muito específicos (situações de grande alegria, grande tristeza ou grande stress) vivencio frequentemente uma grande diversidade de emoções. E por vezes é muito duro.
E é nestes momentos mais difíceis de digerir que me relembro bem das minhas prioridades e faço um esforço para as ter sempre bem presentes.
Há uns dias morreu lá um miúdo. 15 anos. Uma vida pela frente. Uns pais destroçados. Danos irreparáveis no coração de muitos que o rodeavam. (Aqueles pais, meu deus, aqueles pais...).
Uma morte estúpida. Brincadeiras à saída de um combóio, empurra daqui, empurra dali. O combóio parte e leva com ele uma vida que ainda tinha tanto diante de si.
Tentou-se de tudo. Conseguiu-se que voltasse durante um tempo, mas a morte levou a melhor e ele acabou por ceder, um pouco mais tarde.
Como é que se recupera de uma coisa destas? Como nos perdoamos pelas palavras que nunca foram ditas? Pelas que nunca serão? Pelos momentos em devíamos ter pedido desculpa, e não pedimos? Como se consegue passar algumas palavras de conforto a esta família?
A minha vontade era de chorar com eles...

Por isso, reitero. A minha prioridade é a minha família. Mais do que nunca!!
E tentar aproveitar todos os momentos que passamos juntos e com as pessoas que gostam de nós...
Be happy!

6 comentários:

Anónimo disse...

Nem consigo imaginar a dor desses pais e no entanto, todos os dias acontecem coisas assim.

Deves ter uma enorme força interior e muita serenidade para conseguir lidar com as situações mais difíceis do teu dia-a-dia de trabalho. Tens uma profissão muito nobre.

Eu também gostava de trabalhar em part-time. Penso que quando somos mães, o tempo se tona ainda mais precioso e que precisamos dos dois momentos, em família e a trabalhar, que também faz muita falta.

Um beijinho

Raquel Ribeiro disse...

Que horror...nem quero imaginar tal é a dor que os pais devem sentir!

qt ao trabalho...é um mal necessário prá sanidade mental e financeira das familias!

beijokas

Mamã Pirata disse...

À dias falava disso ...de perder um filho.

Julgo ser uma dor indescritivel e nunca recuperamos dessa perda.

O ideal é mesmo aproveitar todos os segundos,pq ninguem sabe o dia de amanhã.

Nem gosto de falar no assunto,acreditas?

Bjs ao teu menino.

SCAS disse...

eu trabalho em casa, por isso tenho a minha Ana sempre comigo e acho que tenho esse melhor de 2 mundos de que falas...
Quanto à dor... é tremenda, de certeza!...
Beijinhos

Mamã Pirata disse...

Como estão vcs?
bjs.

Unknown disse...

olaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!

beeeeeeeeeeeeeem CLARO que me lembro de ti e do carequinha mais fofo e giraço!:)

n sei se acreditas mas andei q tempos à tua procura mas era tudo "pimentinha da mamã" ou "pestinha da mamã" ou tudo menos "a bordo"!:p mas andava mesmo em busca de mais um sócio do clube dos carequinhas!lol

obrigada por teres aparecido e pelas tuas palavras...ando pouco na net ultimamente pq enfim mas deixei post novo se quiseres passar la!;)

quanto a isto do trab eu mt sinceramente estou tao mas tao habituada a passar o dia todo os dias todos com o meu piolhusko q quase q entro em depressao quando penso q vou voltar a trab (a isto junta-se o facto de trab c uma perfeita anormal e um ser mesmo do mais irritante e insuportavel q ha...ok tb trab c uma grande amiga mas aquele espinho...)e deixar de ter as minhas bochechas e os sorrisos sempre e so p mim e deixar de ser eu a assistir a tantas novidades...MAS acho q vai fazer mm bem ao Nequinhas. Ele adorou ir a escola e estar c os meninos (fui la de passagem) e ver os desenhos e quando o vejo assim sinto q ele vai gostar e eu é q vou chorar qd o deixar lá!LOL

bem desculpa la o testamento...:p agora q tb te encontrei ja n vos largo!:) beijinhos tantos ao Du!

(bem e nem sei o q te dizer em relaçao a esses pais...a esse miudo q tinha tanta vida pela frente...se ha coisa q peço ao Amiguinho é q por favor n me leve os meus filhos primeiro q eu...n imagino a dor insuportavel, lancinante q deve ser...um abraço do tamanho do Céu a esses pais, eles q olhem p a noite e vejam q o filho deles agora é uma estrela q dá mais luz à escuridão...)