segunda-feira, 25 de maio de 2009

Vergonhaças

Ultimamente este meu rico filho faz-me passar por cada uma..

Aqui há dias:
Vamos na rua e passamos por um indivíduo alto e careca.
Diz logo o Duarte, em alto e bom som, enquanto aponta para o senhor:
"Cabexudo!"
Txiii...eu nem disse nada. Acelerei o passo e não olhei para trás, enquanto me continha.

Na semana passada:
Estamos na fila do supermercado. Chega a nossa vez e a senhora mete-se com o Duarte, que entretanto já está de braço esticado, com o cartão multibanco na mão, para dar à "xenhoia".
Eu vou arrumando as compras e ás tantas oiço-o a dizer: "Cacóle, cacóle!!" (entusiasmadíssimo, a gritar pelo caracol..)
Não olhei logo para cima, e quando vou à procura do suposto caracol, diz a senhora:
"Ah...errr..humm...é um sinal...errr..não é um caracol.."
Quando eu localizei o sinal, um daqueles castanhos, bem grandes e salientes, junto à boca, caiu-me tudo ao chão..
Só tive tempo de dizer, "Ai Duarte, que tontinho..deixa lá a senhora.." e sair dali a correr com uma vontade de rir descomunal. Acho que nunca me tinha concentrado tanto para não o fazer. Se pudesse tinha-me mandado para o chão a rir.. Foi hilariante!!

Conclusão, se ele já me faz destas com 20 meses, acho que me posso preparar para o pior..ihihihihi..

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Este elo que nos une

Há um elo que nos une.

Há um elo tão forte que o consigo palpar no meu peito.

É um elo que trás ao de cima um sentimento, que de tão puro e de tão transcendente, se torna indiscritível.

Continua a ser um sentimento que me assoberba. É sublime.

É um elo que deixa uma marca indelével. Que me deixa as emoções à flor da pele. Que me deixa os instintos em "modo leoa".

É um sentimento que me modificou para todo o sempre, este do amor desmedido. Sinto que não me cabe no peito e por vezes é tão intenso que chega a doer...

Esperei toda a minha vida por ti, meu bebé, meu menino grande...




"Por mais que a vida nos agarre assim

Nos troque planos sem sequer pedir

Sem perguntar a que é que tem direito

Sem lhe importar o que nos faz sentir



Eu sei que ainda somos imortais

Se nos olhamos tão fundo de frente

Se o meu caminho for para onde vais

A encher de luz os meus lugares ausentes



É que eu quero-te tanto

Não saberia não te ter

É que eu quero-te tanto

É sempre mais do que eu te sei dizer

Mil vezes mais do que eu te sei dizer



Por mais que a vida nos agarre assim

Nos dê em troca do que nos roubou

Às vezes fogo e mar, loucura e chão

Ás vezes só a cinza do que sobrou



Eu sei que ainda somos muito mais

Se nos olhamos tão fundo de frente

Se a minha vida for por onde vais

A encher de luz os meus lugares ausentes



É que eu quero-te tanto

Não saberia não te ter

É que eu quero-te tanto

É sempre mais do que eu sei te dizer

Mil vezes mais do que eu te sei dizer"


Imortais - Mafalda Veiga