"Tóias"

Um dos nossos momentos preferidos de brincadeira é a leitura de estórias.
Desde pequena que sempre adorei ler e de me transportar para os mundos relatados nos livros.
Felizmente, ele também possui esse gosto pelas "tóias"!
Tenho sempre os livros à disposição na sala, onde passamos a maior parte do tempo e sempre que tem vontade agarra no livrinho que lhe apetece ouvir e pede a estória respectiva.
As preferidas do momento são o Pióco (Pinóquio), os Puquinhos (Os 3 porquinhos) e o Ruca Dói-dói.
Confesso que às vezes tenho que me controlar quando passo nas livrarias porque a vontade é de trazer mooontes de livros!
Imagino-me já a ler-lhe as estórias de Fantásia, na sua Estória Interminável ou d'O Meu Pé de Laranja Lima e poder-lhe mostrar mundos para ele ainda desconhecidos.
E é tão bom aninharmo-nos no sofá, munidos dos livros, enquanto ensaio três ou quatro vozes e ele se desfaz em gargalhadas e alegria!

Isto não vai ser fácil

As birras chegaram para ficar. E o desafio constante também.
O safadinho do miúdo tem uma personalidade muito forte e é determinado.

Hoje, ao jantar, mordeu-me. Não foi nada de especial mas para que ele percebesse que não está correcto fingi que me tinha doído muito.
Ele ficou a olhar para mim..não consegui descodificar a sua expressão nem o que estaria a pensar.
A seguir tentou fazê-lo outra vez. Eu disse-lhe que não, o pai ralhou. Agarrou no prato e mandou o arroz ao ar com o ar mais divertido do muito. Ralhámos novamente. Em seguida tentou mandar não sei o quê ao chão. Ralhámos outra vez. Desatou num pranto, de lágrimas e tudo (quando chora com lágrimas é porque a coisa é séria)!

Acabei por lhe dar colinho, enquanto lhe explicava o que fez de mal e porquê.
Acalmou-se, mas partiu-me o coração.

Sei que fez aqueles disparates todos de seguida porque se sentiu perdido. Senti-o...
Ele não estava à espera que me doesse realmente a dentada, e quando viu que me tinha "doído" ficou sem saber o que fazer. Acabou por culminar tudo numa explosão de choradeira, à procura de um porto de abrigo: "minha mamã..'cólho' mamã".

Claro que não fui capaz de não lhe dar cólo. Mas tentei explicar-lhe com calma e meiguice o que se tinha passado. E doeu-me. Tenho dificuldade em ralhar com ele neste tipo de situações. Sei que ele precisa de aprender que há certas coisas que não se fazem, que não estão certas, mas custa-me vê-lo quando sente a sério o ralhete e fica sentido, apesar de tudo.

Prevejo tempos complicados. É necessário transmitir valores. Mostrar-lhe que há certas acções dele que podem magoar os que o rodeiam. Mas ás vezes é tão difícil ralhar...

Ninguém me disse que isto ia ser fácil...

Pay it forward

Esta ideia da cadeia é interessante. Pode até mesmo ser um desafio muito giro descobrir o item certo para presentear.
Como já fui envolvida nesta trama aqui fica também o meu contributo. Aguardo ansiosamente pelas 3 primeiras pessoas que desejem participar neste post! :D

Dá-me vontade de o afogar em beijos!

Antes pedia-me "Cólho" (cólo), agora pede-me "Cólhinho"..

Não, a sério...é impossível resistir! Sabem-na toda!

Curtas...

(Numa viagem de carro..)

Duarte: Mota, mota, mota!!! (anda maluco por motas. Não pode ver uma a passar que fica logo numa agitação!)

Eu: Sim, sim..é a mota filho..(a tentar desvalorizar um bocado a coisa, que se depender de mim não há-de ter mota coisíssima nenhuma, não fossem os seus utilizadores dos meus melhores clientes..)

D: Andaí, andaí!!

E: (mãe a assobiar para o ar) pois..está a andar..

D: Pódi, pódi? (Pódi/Body? mas que estará ele a querer dizer?)

E: O quê filho? O Body?

D: Pódi andai? (Quê?!?!? Foi aqui que me caiu o queixo e que percebi que o puto me estava a pedir se podia andar!! Sniff...é lindo assistir a estas espertezas de raciocínio, pah!)

E: Pode. (digo eu depois de quase me comover com a sua frasezinha, ihih)

D: Chábi! (a chave, pois claro!...LOL)



(Mais tarde, nesse mesmo dia, quando voltávamos de carro para casa)

Sento-o na cadeirinha e digo-lhe, vá, agora faz ó ó!

Resposta: "rróó pxi"(ou qualquer coisa do género, a imitar o ressonar e a fechar os olhos, tal como eu lhe faço nas nossas brincadeiras).

Ehehehe..estes miúdos hoje em dia.. :D

Manias

É incrível e curioso as manias que as crianças têm para adormecer.

A do Duarte, desde que conseguiu fazê-lo sozinho, é enfiar-me dedos na boca.

Aliás, hoje consigo reconhecer movimentos que ele fazia com o braço, por volta dos 2 meses, que só podiam ser uma tentativa de chegar com a mão à minha boca. Eu pensava que ele se estava a tentar agarrar a alguma coisa e punha-lhe a fraldinha ao pé da mão, mas isso nunca resultava.

Fraldinha para dormir foi coisa que nunca houve aqui em casa. Sempre me mandou dormir a mim com ela. Atirava-a para o chão. Não queria!

E esse é um hábito que se mantém ainda hoje. Assim que está com sono, mesmo que esteja distraído a brincar, começa logo a encostar a mão aos meus lábios, ihih.

No início ainda tentei demovê-lo, mas sem sucesso. O que é certo é que assim que consegue lá chegar, começa logo a fechar os olhos e adormece muito mais rapidamente.

O que estará na origem destas manias? É que isto, para o Duarte, foi algo quase inato. Começou logo cedinho..

E os vossos pimentinhas, que manias têm?

Fico curiosa...

E depois de uma pausa retemperadora, eis que estou de volta com uma vontade redobrada! :D


Foi boa, foi necessária e acabou. Senti falta disto. Siga!


Vou voltar a ler os meus cantinhos preferidos com mais assiduidade e tentar ir registando os fantásticos momentos que tenho vivido com o meu filho, o que sempre foi o principal objectivo deste espaço.


As novidades dele são tantas e crescem num ritmo avassalador.


O desenvolvimento tem sido fantástico de observar.


Ver o amadurecimento do seu raciocínio, da perspicácia, da linguagem, das teimosias..enfim..continuo encantada com esta faceta da minha vida, a maternidade.


Let´s go!

Ele e as suas amadas pedrinhas...